Qual era a religião de Spinoza? Verifique isto – Qual é o Deus de Spinoza
Deus para Spinoza é o único motivo da existência de todas as coisas. Deus é a substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus. Ele é a fonte única e Dele surgem todos os outros elementos. Deus existe em si e foi gerado por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade.Ele era frequentemente chamado de "ateu" por seus contemporâneos, embora em nenhuma parte de sua obra Spinoza argumente contra a existência de Deus.
Espinosa pensava Deus de outra maneira: se ele existe, então é porque tudo faz parte dele. Deus é a causa da sua existência e de tudo o que existe, ele é a absoluta potência produtiva, ele é a natureza. Ou seja, é por ter proposto um Deus tão, mas tão diferente, que Espinosa foi considerado Ateu.
De acordo com Espinosa, Jesus é uma personagem cuja historicidade não levanta dúvidas, considerando-o como judeu, que revolucionou a religião na qual foi educado, transformando as leis particulares da Torah numa ética universal.
Por que Espinosa foi expulso da Igreja
Em 1656, Spinoza foi excomungado de sua sinagoga e expulso da comunidade judaica, por ter se recusado a aceitar determinados aspectos da ortodoxia judaica.De acordo com Spinoza, Deus era sinônimo de natureza o qual estaria refletido na harmonia e na existência de todas as coisas. Ou seja, ele acreditava num Deus transcendental e imanente.Pesquisador atento dos textos bíblicos, do Talmude – texto fundamental dos rabinos – e de obras essenciais da cultura hebraica, Spinoza investigava igualmente os escritos de grandes filósofos ocidentais, como Sócrates, Platão, Aristóteles, entre outros.
Deus ou Seja a Natureza. Spinoza e os Novos Paradigmas da Física | Amazon.com.br.
O que é a liberdade para Spinoza
Liberdade não é a ausência de causa, mas a necessidade da causa interna, necessidade de ser aquilo que se é. Liberdade é agir adequadamente para a conservação e ampliação de nossa potência de conhecer, existir e agir.Enquanto Espinosa identifica Deus com a natureza (Deus sive natura) e, mediante a natureza divina (a substância), supera a contradição de Descartes entre matéria (res extensa) e espírito (res cogitans), Feuerbach quer, em oposição ao panteísmo, a diferença entre natureza e Deus (aut Deus aut natura).Deus é o único que existe em virtude de seu próprio ser, é o único que existe necessariamente numa relação intrínseca com sua essência. Tudo devém de Deus, tudo está em Deus, nós também. Ele não criou o mundo, ele existe por sua própria natureza que envolve a capacidade de existir. E de Deus se seguem infinitas coisas.
Spinoza (2008) compreende alegria como o afeto que possibilita a passagem para uma perfeição maior, ou seja, quando encontramos um corpo que aumenta a nossa potência de agir, fortalecendo nosso conatus, somos afetados de alegria; ao contrário, o afeto de tristeza é a passagem para uma perfeição menor, isto é, quando …
Porque os homens se imaginam dotados de vontade livre ou livre-arbítrio (imaginando que ser livre é poder escolher entre coisas ou situações opostas e agir segundo fins escolhidos pela vontade). Porque imaginam que o verdadeiro poder é aquele que se separa dos que a ele estão submetidos, dominando-os do alto e de fora.
Em Espinosa, a felicidade está vinculada a um Deus que age apenas pela necessidade de sua própria natureza, que é autoprodução necessária de si mesmo, que atua apenas pelas leis da causalidade eficiente imanente.
Como era o pensamento de Espinosa
De acordo com o filósofo, a teoria de Espinosa demonstra que a ambivalência da indissociabilidade entre a esperança e o medo está na origem da superstição e que o elemento supersticioso possibilita a mobilização de teses conspiratórias e de negacionismo científico.A Autêntica Editora apresenta a primeira tradução para o português desta obra clássica, que traz o Tratado de Baruch de Espinosa sobre Deus, o homem, o seu bem-estar e sua felicidade.A alma é às vezes uma idéia ou um complexo de idéias. Enquanto determinação do Pensamento, ela é idéia da afecção do corpo e jamais percebe o corpo em si mesmo; somente o percebe quando o corpo é afetado por outros corpos, percebendo simultaneamente a natureza de seu corpo e de outros corpos.